sexta-feira, 12 de junho de 2009

A prática do parapente

Por Anna Gabriela Azeredo

O parapente, do inglês paraglider, é um tipo de aeroplano semelhante a um pára-quedas , com imensas asas infláveis e sem estrutura rígida. A prática do parapente é uma modalidade de vôo livre, no qual piloto e possíveis passageiros são suspensos por linhas e pairam no ar. Diferentemente do pára-quedas, o parapente oferece um vôo dinâmico, onde o piloto pode controlar sua ascendência e direção, dependendo das condições meteorológicas como a velocidade do vento.
O esporte pode ser praticado tanto para recreação quanto para competição, sendo considerado um esporte esporte radical. Neste caso, existem duas modalidades distintas: o cross country e a acrobacia.


Cross Country

É a modalidade mais popular do parapente. O objetivo é voar uma certa distância no menor espaço de tempo possível. Normalmente, nos campeonatos de Cross Country existe uma comissão técnica que define uma prova (trajeto) com dois ou mais pontos a ser percorrido pelos pilotos. Cada piloto utiliza um GPS para seguir a rota definida pela comissão técnica e o vencedor é o piloto que chegar primeiro ao final da prova (goal). No Brasil, temos um dos melhores lugares para se voar: Governador Valadares, em Minas Gerais, é conhecida mundialmente pelos praticantes do esporte como a MECA do vôo livre.

Acrobacia

Extremante radical, exige muita técnica do piloto para ser realizada com segurança. O início da acrobacia como modalidade foi em meados de 2001, quando o piloto espanhol Raul Rodriguez inventou a manobra conhecida como SAT, onde o piloto gira de costas com um eixo vertical que fica entre ele e o parapente. A partir da descoberta desta manobra, foram inventadas várias outras, e então começaram a surgir os campeonatos desta modalidade. Todos são obrigatoriamente realizados sobre a água, onde os pilotos definem as manobras que irão realizar e os juízes analisam a velocidade, ritmo e conexão das manobras. Atualmente, já existem cursos específicos para este tipo de modalidade, e aprender a fazer acrobacia está se tornando cada vez mais fácil e seguro.
Existe ainda o paramotor, um tipo de parapente motorizado.
O paramotor cruza o céu com cerca 40km/h em condição de clima sem vento. Para aqueles que já voam de parapente à vela, é boa opção naqueles dias que não está dando sustentação no morro (condições favoráveis de vôo), quando se tem que enfrentar longas viagens até o local de vôo, pois com paramotor você decola do chão em qualquer pasto perto de casa. Se você ainda não voa de parapente e quer voar de paramotor, existem instrutores por todo Brasil. Mas, cuidado: apesar de muito divertido, a pilotagem do paramotor requer experiência com o vôo solo. Assim, é extremamente perigoso que uma pessoa que não voe de parapente resolva sair por aí voando de paramotor. O piloto precisará treinar alguns anos até ter o nível técnico adequado para voar com segurança. Embora algumas pessoas digam o contrário, é imprescindível que o piloto tenha um bom controle do equipamento, pois poderá, assim como no vôo solo, ter de enfrentar condições climáticas mais complexas, que exigirão uma habilidade extra que só poderá ser adquirida com experiência em vôo solo.


Nas alturas

Por Rafael Pedrosa

Para o desapachante Eduardo Silva, de 38 anos, tempo é artigo de luxo. Sua rotina diária é agitada, e em alguns momentos estressante: trabalho, trânsito, barulho, correria. Quando não está trabalhando, é preciso dar atenção para os filhos e para a esposa. No entanto, ele decidiu que seria preciso reservar algumas horas por semana para, além da família e do trabalho, dedicar um tempo para ele. Pensou no que gostaria de fazer e imaginou algo inusitado, que pudesse se divertir. Foi quando decidiu praticar o parente. Foram muitas aulas, dias de treinamento e horas de vôo. Até que chegou o momento de voar sozinho, sem a ajuda do instrutor. Foi um dos dias mais incríveis da sua vida.
"Já não aguentava mais praticar vôo duplo com meu instrutor. Precisava ver tudo sozinho e ter o controle do que acontecia. Lógico que morri de medo. Mas com o decorrer do vôo o medo foi passando e já me sentia seguro", conta.


Mas esse medo é importante. Não se sentir extremamente seguro é bom para evitar quedas ou acidentes. É bom lembrar que um acidente de parapente tem grandes chances de ser fatal. Em 2008, Eduardo levou um grande susto. Ele voava como fazia normalmente, sua confiança era total, já se sentia um verdadeiro piloto quando um vento forte o jogou para baixo. Com o impacto no chão, Eduardo não conseguiu se mexer por um breve momento.
"Foi um dia terrível. Eu era muito confiante, pensava que estava no comando, mas nunca comandei. A natureza às vezes é cruel. Eu não tinha o que fazer, apenas tentei não morrer e não me machucar muito, mas foi em vão. Fiquei três dias sem poder trabalhar, sem levantar da cama. Mas graças a Deus hoje estou bem. E continuo praticando o parapente", desabafa.


Dividir as experiências de uma atividade dessa com a família é complicado. A mulher não deixa que ele voe sempre, a filha Marcela quer brincar. Mas Eduardo reconhece que, às vezes, ficar em casa também é legal.
“Uma palavra que não comento muito em casa é voar, pois minha esposa até hoje morre de medo que aconteça algo comigo, tenho vontade de levar minha filha, mas ainda é muito novinha”, brinca Eduardo.
O parapente não é um esporte barato e necessita de disposição, de tempo e dinheiro para bancar os equipamentos e as aulas de aprendizagem. Mas para quem se interessar, mesmo assim, é indispensável ter noção de espaço e tempo, conhecer o lugar que está voando e treinar bastante antes.

Parapentes enfeitam o céu de Teresópolis

Por Alex Correa

Para muitos, sobrevoar de parapente um lugar de paisagens incríveis, com vales e rios, trata-se apenas de um sonho. Sonho que agora pode tornar-se realidade para quem estiver ou quiser visitar Teresópolis.
A cidade é conhecida como a capital nacional do montanhismo por causa do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, que abriga uma cadeia de montanhas que são referência para a prática do esporte em todo país. Com uma rica quantidade de áreas verdes preservadas, a cidade está localizada no topo da Serra dos Órgãos, Região Serrana, do Rio de Janeiro. Cercada por rios, cascatas e uma rica flora e fauna, que são ingredientes de idéias para quem curte esportes radicais e o contato com a natureza.
A galera que gostar do parapente tem feito da Granja Mafra, em Pessegueiros, no terceiro distrito de Teresópolis, um dos pontos preferidos para os vôos.
“P lugar é irado para a prática do parapente, estou encantado, aqui tem lugares belíssimos para decolar” diz Marcelo Gomes, um dos adeptos do esporte.
A rampa de salto fica no sentido Além Paraíba (Estrada Rio-Bahia), a 800metros da saída de Pessegueiros. Ao chegar, uma placa onde esta escrito GRANJA MAFRA, d que fica ao lado do posto de gasolina, indica: é preciso entrar na rua ao lado do posto e seguir em frente.

Na rua de terra, basta seguir até uma bifurcação em que haverá várias placas, sendo que uma indicará o vôo livre para a esquerda.
A estrada até a rampa avança em meio à densa vegetação (o local é freqüentado também por aventureiros de mountain bike). Para quem quiser se aventurar e ir a pé, é preciso percorrer uma estrada de terra cerca de 20 minutos em condições desfavoráveis, mas que reserva belas paisagens. Com a chegada, o visual é compensador. O contato com a natureza permite respirar um ar puro. Uma ótima oportunidade para quem quer fugir da correria e do estresse das cidades.
Segundo os instrutores do parapente, não há época definida para praticar o esporte. Há possibilidades de vôos durante todo o ano. O Clube de Vôo Livre de Teresópolis oferece vôo duplo com toda segurança, e os parapentes coloridos já começam a fazer parte da paisagem.

Pointer dos parapentes

Outro local freqüentado pelos praticantes do vôo livre é a Pedra do Camelo, na Granja Florestal. Este ponto e recomendável apenas aos mais experientes, quem realmente conhece as condições do esporte.
O lugar fica meia hora de carro da estrada Teresópolis-Petropolis, na saída da cidade em direção a Petrópolis.
A rampa é adequada para o “vôo de térmica”, técnica que requer acertar o melhor horário pra se decolar, o que começa observando-se o movimento da vegetação. Quando a térmica sobe o morro, chega o momento ideal. Pode-se decolar a 590 m de altitude e é possível subir até mil metros acima da rampa. Quem for do ramo e tiver equipamento não precisa mais do que vontade e um dia com vento adequado para saltar.
Os interessados no parapente podem fazer um vôo duplo ou apenas se informar mais a respeito no clube de vôo Livre de Teresópolis, que oderece as condições e segurnça que você precisa para sair do chão sem maiores riscos.
Divirta-se!

Destino: Pico da Caledônia

Por Diego Cristane, Raniery Costa e Rachel Stutz


No último domingo, por volta das cinco da manhã, partimos para uma aventura gelada, porém inesquecível. Começávamos a subir a Pedra da Caledônia: o segundo ponto mais alto da cidade de Nova Friburgo, com 2219 metros de altitude. Esta montanha só perde para os famosos Três Picos, que chegam a quase três mil metros.





A caminhada é bastante cansativa, o início da subida é feito por pequenas ruas de pedra e alguns trechos são asfaltados. Todo o trajeto é bastante íngreme e o frio não ajudava. O vento estava muito forte e caía uma leve garoa. Durante a subida, avistamos muitos lugares propícios a acampamentos, mas somente um estava ocupado com um grupo de cerca de oito pessoas. Todos dormiam com uma fogueira acesa para afastar o frio.
Ao fim desta subida exaustiva ainda faltava entrar no trecho final do Pico da Caledônia, que é de Concessão da Petrobrás e protegido pela Marinha e Pelo Exército Brasileiro.

Daqui pra frente restava apenas subir cerca de 750 degraus numa escadaria que parecia interminável.




Após cerca de duas horas e meia de subida, enfim chegamos ao topo da pedra. Pena que o céu lá em cima estava muito carregado e as condições de esperar que o tempo melhorasse eram mínimas. O vento quase não nos permitia que ficássemos de pé. Veja o vídeo que conseguimos gravar lá em cima e tenha uma idéia do frio que passamos:






Começamos a descer, mas as dificuldades não paravam por aí. As pernas pararam de obedecer e a sensação térmica negativa que sentíamos (aproximadamente -5 graus) tornavam a descida interminável. Mas as paradas tinham outras vantagens, além do descanso. Como poder observar com calma a infinidade de plantas e animais, principalmente pássaros que existem no local. Apesar de não termos visto lá de cima a região dos lagos, a cidade de Friburgo e a serra por completo. o que é possível quando o céu está claro, pudemos apreciar as belezas que estavam bem perto dos nossos olhos. Veja algumas fotos feitas durante o percurso:

A geada deixou a vegetação coberta de gelo
A escadaria além de desgastante intimida muito

Este é o pico da caledônia: irreconhecível

Esta é a melhor vista que tivemos de Friburgo

Apesar de tudo, não deixou de ser uma linda caminhada


Apesar de muito desgastante, a aventura acabou sendo um passeio inesquecível. Conhecer lugares únicos como este não tem preço. Até a próxima.






Trekking da Lua

Por: Marianna e Mádhava

O trekking surgiu no século XIX através dos Vortrekkers, os primeiros trabalhadores holandeses que colonizaram a África do Sul. Seu nome remete a migração e resistência física, já que antigamente o único meio de locomoção era a caminhada. Quando britânicos invadiram a região, a palavra foi absorvida pelos ingleses e passou a representar as longas caminhadas que os exploradores faziam ao interior do continente.


Já no Brasil, o trekking surgiu em São Paulo, em 1992, por adoradores da naturezaque buscavam lugares interessantes para conhecer em meio a trilhas naturais.

Veja aqui mais detalhes sobre o que é o trekking. http://oradical.uol.com.br/trekking/oqueetrekking.asp

Este esporte é muito praticado na região serrana onde podemos observar que cada vez mais as pessoas procuram novas formas de conhecer e explorar trilhas ou até mesmo inovando a maneira de fazer o percurso, como foi o caso do Trekking da Lua.


A lua cheia e o clima favoreceram o trekking noturno

A equipe de segurança esteve a todo momento acompanhando o percurso

O trekking da Lua é um evento do Parque Nacional Serra dos Órgãos (PARNASO) em Parceria com o SESC Teresópolis, que consiste em uma incursão na floresta ressaltando os sons, a fragrância e os aspectos da mata sob a perspectiva noturna. O evento é gratuito e tem 4 horas de duração .


Na ultima quarta-feira, dia 10 de maio, um grupo com mais de 60 pessoas de todas as idades se reuniu às 20h na entrada do Parque Nacional em Teresópolis para participar do trekking da lua que seria realizado na estrada da Barragem (estrada com 3 km de extensão) e na Trilha Suspensa. Entre esse grupo estava a turma do primeiro período de biologia do Centro Universitário Serra dos Órgãos (FESO), coordenados pelo professor e biólogo Carlos Alfredo Franco Cardoso, que além de participar do trekking da Lua, monitorava explicações de Eduardo Rubião, veterinário e aluno de biologia, convidado para conduzir o percurso e ministrar palestras sobre espécies de animais encontrados no PARNASO, como capturar animais para fazer estudos e como liberá-los novamente em seu habitat natural.


“Achei essa iniciativa fantástica. Esta é a turma do primeiro período de Biologia e como nosso curso é noturno, nada melhor do que fazer o trabalho de campo à noite. Temos planos futuros para estender nossas caminhadas e pesquisas para o dia também, e assim voltar sempre ao Parque”, afirma o professor Carlos.



Professor José Carlos e alunos da turma de Biologia



Alunos reunidos para inicar o trekking



Inicio da trilha Suspensa




Alunos estudam espécies animais encontradas no Parque





Maria Lucia Porto, Gestora de meio ambiente informou que o SESC possui diversas outras atividades em parceria com o Parque Nacional, como a subida para a Pedra do Sino, e várias oficinas voltadas para a preservação ambiental.

Conheça aqui a agenda do SESC em parceria com o Parque Nacional http://www.icmbio.gov.br/parnaso/index.php?id_menu=3&id_arq=94


O evento teve a cobertura do programa “Estilo Radical”, da emissora local de Teresópolis, que gravou todo o percurso e as explicações dadas pelo Dr. Eduardo Rubião.


A matéria está disponível no site http://www.estiloradical.com.br/ onde poderão contemplar diversas outras matérias sobre trekking e montanhismo.



O produtor e diretor Haissem Ejje com o camera man da Tv Cidade


Mapa das trilhas do Parque

O Parque nacional conta com 27 montanhas e 22 trilhas com os mais diversos níveis de dificuldade. Para realizar o trekking da lua ou conhecer qualquer outra trilha basta entrar em contato com o PARNASO pelo telefone (021) 2152-1100 ou pelo web site www.ibama.gov.br/parnaso.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Encontro de Jipeiros em Santa Maria Madalena, um prato cheio pra quem gosta de aventura.

Por: Raniery, Diego e Rachel

Confira como foi o 8º encontro de jipeiros, que aconteceu nos dias 16 e 17 de maio, em Santa Maria Madalena - RJ.

Vista panorâmica da cidade
Uma trilha off-road cortou grande parte da zona rural do município. Ó início do percurso foi a Praça Frouthe, no centro da cidade, onde os jipeiros também fizeram as inscrições e receberam algumas lembranças. De acordo com a Secretaria de Turismo, que organizou o evento, participaram jipeiros das cidades de Campos, Petrópolis, Saquarema, Friburgo, Macaé, Quissamã, Bom Jardim, Rio Bonito, Cantagalo, Niterói, Cordeiro, Conceição de Macabu, além de Santa Maria Madalena.
A trilha foi iniciada por volta das 10:30 h, em meio a um cortejo bem barulhento pelas ruas da cidade.

Início do passeio, muitos param para fotografias em contato com a natureza.
Um grande problema encontrado pela organização foi que todas as estradas estavam em boas condições, e um jipeiro gosta mesmo é de aventuras em estradas ruins, bem esburacadas, com muita lama. Problemas que são pequenos perto do prazer da aventura e de apreciar a beleza proporcionada pela natureza ao longo do percurso.


Belas paisagens foram proporcionadas pela trilha.


Cenário propício para belas fotografias.

E quem disse que a trilha foi dominada pela tranqüilidade?
Veja o que aconteceu quando chegamos à localidade da Fazendinha, local onde está sendo construída uma PCH (pequena central hidrelétrica). Logo após cruzarmos o Rio Grande, na divisa entre os municípios de Santa Maria Madalena e São Sebastião do Alto, a trilha parou.

Rio Grande, divisa natural entre Santa Maria Madalena e São Sebastião do Alto.

Confira o vídeo e veja como foi essa aventura!




A emoção passou a ser garantida. Estrada ruim com muita lama, um prato cheio para um jipeiro de verdade.


Quem não consegui passar, foi rebocado. Veja pelo vídeo.

Depois de muita lama, continuamos na trilha. Alguns carros deram defeito pela estrada, e em meio a estes casos, só existem duas soluções: ou o jipeiro conserta o carro ou é rebocado!
Anda daqui, sobe ali, fecha porteira, stop para foto e assim o dia vai passando, até que o trajeto pela trilha foi interrompido na localidade de Terras Frias, para matar a fome com churrasco de primeira qualidade. Por lá, os jipeiros passaram um bom tempo, onde todos se juntaram para bater um papo.
Ao fim da tarde, cada um foi saindo devagar e seguiu para o centro da cidade onde a aventura acabou, por volta das 18:00 h.


Encontro de Jipeiros contuinou no dia seguinte.
O 8º encontro de jipeiros em Santa Maria Madalena continuou no dia seguinte, com o Jipecross, que foi realizado na pista de eventos radicais da Serra da Grama. O evento começou ao meio dia, e contou com um grande público que foi lá prestigiar os aventureiros.
Lama até dizer chega, esse foi o diferencial do Jipecross 2009.

Vários momentos emocionantes marcaram o Jipecross, entre eles algumas capatagens, jipe andando em duas rodas e várias manobras que levaram o público ao delírio em voltas por uma pista cheia de obstáculos e muita lama.

O encontro de jipeiros em Santa Maria Madalena já é um evento de tradição em todo Estado do Rio de Janeiro.
Para o mês que vem, no dia 19 de julho, a secretaria de turismo vai realizar o Trilhão da Padroeira, que será dividido em quatro modalidades, caminhada a pé e trilhas com bicicletas, motos e jipes. Além de diferente, parece que esse evento vai ser bem emocionante! Aguarde as novidades até lá.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Visitando a trilha Cartão Postal

Por: Marianna e Mádhava
Visitando a trilha Cartão Postal



Vista do mirante da trilha


Era sexta-feira 6 de junho, o dia estava lindo, com sol forte no céu e poucas nuvens. Para quem conhece Teresópolis sabe que é algo raro de se ver, ainda mais com essas mudanças abruptas de clima, quando hoje chove, amanhã faz um pouquinho de sol e no dia depois de amanhã parece que estamos sofrendo um dilúvio. E assim tem sido os últimos dias, impedindo durante semanas a produção de nossa matéria.


Mas eis que aquele domingo Deus resolveu nos ajudar e proporcionou um clima agradável e perfeito para qualquer apaixonado por natureza, como é o caso da Mádhava, que parecia estar vibrando de alegria a cada passo em que nos aproximávamos da trilha que havíamos escolhido, enquanto eu estava quieta com meus temores, torcendo para que nenhuma aranha aparecesse no nosso caminho, o que obviamente não aconteceu... mas tudo bem, já estava na hora de enfrentar minha aracnofobia.


Já havíamos escolhido nosso roteiro desde a ultima matéria que havíamos feito, onde ouvimos falar muito bem da famosa trilha reaberta Cartão Postal, então lá fomos nós, resolvemos encarar mais uma aventura, uns mais empolgados e outros nem tanto, e acho que nem preciso dizer quem era “essa” pessoa.


Entramos no parque, pagamos um valor de R$ 1,50 cada uma, já que moradores de Teresópolis têm direito a desconto e um valor de R$ 5,00 para entrar com o carro. Chegamos na administração do parque onde fomos muito bem recebidas e instruídas sobre as trilhas existentes na sede de Teresópolis do PARNASO (Parque Nacional Serra dos Órgãos). Saímos da administração e andamos mais uns dois quilômetros de carro até a pousada que fica subindo para a estrada da barragem no final do parque, e graças ao famoso “jeitinho brasileiro” conseguimos parar o carro a menos de cinco metros do inicio da trilha, na garagem do dono da pousada.


Mochilas prontas, bastante água mineral e Gatorade, tênis próprios para caminhada e força de vontade somaram o material necessário para o percurso do Cartão Postal. E o relógio começou a marcar!

Na entrada da trilha havia uma placa com informações sobre o percurso e um pequeno mapa que me fazia não desanimar de andar 1.200 metros dentro de uma floresta por aproximadamente duas horas.


Placas sinalizavam o inicio da trilha



Confesso que nos primeiros 10 minutos das trilhas eu ouvia "Vem Marianna, para de ser medrosa. As aranhas têm medo de você, não é você que tem que sentir medo”. Era a Mádhava rindo e me encorajando a prosseguir. Depois do susto pude então perceber tamanha beleza, aquelas trilhas íngremes me permitiam uma vista maravilhosa para o Parque Nacional que nunca havíamos observado, já que a trilha tinha sido reaberta recentemente e estávamos explorando-a por primeira vez.




Encontramos muitos pássaros, esquilos e até mesmo as aranhas, que já me pareciam inofensivas. Tudo aquilo acompanhado do constante barulho de cachoeira me enchiam de uma paz interior e me fazia esquecer dos problemas diários que até então eu puder perceber que aquela alegria que a Mádhava estava sentindo já havia passado pra mim, e estávamos as duas com uma paz e serenidade que nos motivou a parar para fotografar algumas paisagens.







confira aqui o vídeo do trekking


Encontramos durante toda a trilha diversas bromélias-imperiais, ameaçadas de extinção e que no parque disputavam até cinco unidades em uma mesma árvore, mostrando que se não atrapalharmos, a natureza se encarrega de sua sobrevivência sem a necessidade da interferência humana.



Depois de várias fotos voltamos à trilha e fomos pegas por grande parte de lama, já que havia chovido no dia anterior e aquela área não tinha a proteção das árvores para manter o caminho seco. Tivemos que andar com mais cautela, e naquela hora eu entendi porque havia a necessidade de usar tênis especiais para trilha, mas já estava “dançando balé” escorregando de um lado pro outro e me segurando nas árvores. Todas essas circunstancias tornaram nossa aventura inesquecível.



Passamos por grotas, pontes, e caminhos com rastros de animais até chegar no mirante ao final da trilha e ver que todo aquele esforço realmente valeu a pena. Não podia estar melhor, o escalavrado, dedo de Nossa Senhora, dedo de Deus e toda a cadeia de montanhas da Serra dos Órgãos bem ali na nossa frente como um magnífico cartão postal, fazendo juz ao nome da trilha.
Levamos uma hora para subir, contando com as diversas paradas para fotos, e para descer levamos 40 minutos, pois aproveitamos para retornar mais depressa já que o tempo parecia estar fechando e definitivamente não queríamos pegar uma chuva naquela trilha às cinco horas da tarde.



Ponte no percurso da trilha


Vista para a Verruga do Frade


Finalmente chegamos na entrada da trilha, exaustas e com os sapatos cheios de lama, porém felizes e satisfeitas! E quanto às aranhas, já nem me causam pavor...

Trekking é destaque de alta temporada de montanhismo na cidade de Teresópolis

Por: Marianna e Mádhava

Começou em maio a alta temporada de montanhismo no estado do Rio de Janeiro, e como não poderia faltar, o Parque Nacional Serra dos Órgãos (PARNASO) trouxe para o ano de 2009 muitas atividades voltadas não só para montanhistas, como também para crianças e público em geral.


Conhecido por ser o terceiro parque mais antigo do Brasil e abranger quatro municípios (Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim), o PARNASO atrai visitantes do mundo inteiro, pessoas não só interessadas nas espécies raras de fauna encontradas no parque e suas belas paisagens, como também em busca de grandes aventuras em meio a tanta natureza preservada, com lindas cachoeiras, trilhas para todos os gostos e tipos de resistência física.

Para conhecer a historia do parque acesse o link http://www.icmbio.gov.br/parnaso/

Segundo Gabriel Dreyfus, biólogo do PARNASO, o parque tem recebido muita procura de turistas para conhecer e apreciar as mais diversas trilhas da Sede de Teresópolis.







Entre as trilhas mais procuradas, encontramos a Trilha Suspensa, que consiste em uma via elevada construída sobre um aqueduto e que permite a observação do paredão rochoso e das copas das árvores de uma das áreas mais bonitas do parque.

Com 400 metros de percurso com nível de dificuldade fácil, é recomendada para todas as idades.



O destaque para os adeptos ao trekking, é a Trilha Cartão postal, com 1.200 metros de percurso no meio da mata acirrada com nível de dificuldade moderado a pesado, garantindo uma aventura de mão cheia para aqueles que desejam interagir com a natureza e observar uma grande diversidade de fauna e flora.




No parque são encontradas maisde 2.668 espécies de plantas catalogadas, entre elas a bromélia imperial


Trilheiros fazendo trekking no Parque Nacional Serra dos Órgãos


O ícone brasileiro de trilhas e uma das mais bonitas também é encontrado no Parque Nacional Serra dos Órgãos. A trilha Petrópolis-Teresópolis consiste em 34 km de caminhada feita de três a quatro dias acompanhado por um condutor credenciado que além de garantir uma travessia mais segura, proporciona uma experiência inesquecível aos olhos de quem pôde presenciar tamanha aventura.

O trekking é isso, percursos curtos ou longos, importando apenas o prazer de caminhar e fugir do stress do dia-a-dia. Apreciar a natureza e praticar esportes são fatores decisivos para manter uma vida saudável.

sexta-feira, 5 de junho de 2009